Amanhecer
uma aurora de flores e (en)cantos
sem
preço algum, sua voz remetida (hora Flor que amanhece)
Reluzir
no amanhecer em pássaros cores, pétalas e
perfume
fixo. Amanhece Valor algum embutido jamais.
Amanhecer
e abrir os olhos pela janela do silêncio entre mosaicos
[e
nuvens nuas de esplêndidas formas, amanhece em formatos e tonalidades]
Amanhecer
cheias as (nu)vens de imaginável beleza, impagáveis
(Aliviadas
de qualquer remuneração, as Nuvens; amanhece no céu)
Embrenhar
ao amanhecer na incerteza dos dias e noites, vigilante em lapsos:
Fronte
flores, pássaros e nuvens. Amanhece sem pagar nada.
Amanhecem
sem o Dever (há dever?), gratuitas são as fórmulas de deus.
Amanhecer
abstrato seja dia e noite. Pois estes que valoram
[demasiadamente,
reprime em métricas e amanhece junto ao caos esquecem]
Ao amanhecer
mal pagam sua depreciação. Mal dormem
Vigiam
os dias. Amanhece de tarde já não endente o quanto de lucro
negativo
obteve. Amanhecer fadados à desvalorização e
sonhos,
quando húmus amanhece ao seu único estado real
Menor
que húmus tuas Ideias, amanhecer menos valia sua forca
- mais
inexiste. Amanhece o pagamento de sua dívida, jamais pagaria
[se a
Natureza cobrasse seu preço, seu desprezo por ti]
O que
tens ao amanhecer, que paga, que se vende melancolia.
Pagus aquela cerca? Amanhece paganus
fechado ao curto-circuito,
aldeias
amanhecem em semblantes minguantes
Liberdade
coça Valor, Amanhã
(Tom
Nicolau da Silva)
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