sexta-feira, 15 de março de 2013

Poeta pra Vida




Quem em um abraço (único), totalidade se abrace
Que encontre o elo perdido, que em Terra se ache
Reencontre outros caminhos pro mundo, meu deus.
Que os pergaminhos sejam escritos em rochas
Que (re)faça outro futuro (além da pele animal)
Que acreditem pra vida: na Vida; há vida!

Que os Ventos dos tempos nos levem
Por ente os mares (adentro) entreguem
Que carreguem os leves poros das pedras, os ares
(Solidas as águas escorrendo os tormentos)
Que as rachaduras e frestas ao perceber... os Entendidos,
Não se calem: pois na Vida; há vida pra se viver!

Que os loucos esquisitos não desistam das Chamas
Que novos malabarismos imperfeitos inventem.
Vamos juntos nesta corda bamba (em lampejos de fogo)
Neste cabo de guerra oculto, jogando o jogo
Pois até mesmo na guerra existe vida (esperança; crianças)
Há muito mais Vida, pra se viver!

Que não sejam relatos relapsos de Verdade nas Águas,
única fonte de vida. Apreende: que fique o sonho na Poesia
Lampejos risonhos encantam crepúsculos em fases
Resistentes à iluminação do viver (e amorfas)
Pois os que se enchem de todo o conhecimento e ciclos...
Acreditam em vazios; seguem cegos, os Poetas: na Vida; há vida pra viver!

Que passe logo a experiência latente da vivência
Orgânica, nossa carência transborde em paz
Que o debilitado seja um tonto capaz
(De superar suas crises em circunstância mordaz)
Os que almejam mais que Estados Pátria Nação
Que acreditam na Vida, vivida: canções pra viver!

(Iberê Martí)

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