sexta-feira, 18 de janeiro de 2013



O seguro morreu de velho e de desgosto
Idade nas costas, lágrimas pelo seu rosto
Pra que tanta primavera, ver tanto agosto
Ver a vida toda passar, do encosto da cama

O careta morreu de vontade e de vergonha
Vergonha de quem nada faz, apenas sonha
Vontade de viver a vida menos enfadonha
Mas viveu vida tristonha, terminou na lama

O acomodado morreu sem conhecer o mundo
Não sentiu o vento, um sentimento profundo
De quem é feliz, mas é visto como vagabundo
Não sentiu perfume da estrada, da bela dama

O louco morreu cedo, mas antes disso viveu
Tinha fé religiosa na vida, tinha amor de ateu
Rodou mundo, amou, chorou ,sorriu, sofreu
E conheceu a emoção sublime de quem ama

(Stéphano Diniz)

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