quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



Joga o jogo, que o jogo é jogado
Na meta o arqueiro e sua flecha arrematando distâncias
Entre o beque e o oponente há sempre uma canela que fica
Se no juízo do volante, houver limitada visão:
Desprotegidos o goleiro, o zagueiro e o time do coração.
Mas se o volante roda a engrenagem, inverte o jogo
Antimecânicas, instantâneas ações, procura o ponta que buscar ajudar
Se tabela com o Dez, faz o público vibrar
Nem sei se haja sincronia perfeita, mas que os laços imperfeitos, são – isso são.
Antevê o artilheiro pendurado na rede, nos braços da turma e da bela torcida
Inexiste métrica até mesmo ao compasso, se o passe de letra, errou faz careta
Nem sei se tem métrica ou estratégia, no elástico que veste o grande embaraço
Tomar entre as pernas verdadeiro palhaço
Se eu fosse o garrincha jogaria de muletas
Pra quem esquenta a moleira, e acha que é serio....
Vencer no futebol é um verdadeiro mistério
Quantos ambientes internos, quantos males externos
De onde emergem as estórias? Que sustentam essa paixão
Torcer por torcer, torcer torcedor
Sem risco de vencer e sem ser perdedor
Na alegrias incontida, nas fortalezas de gelo
No instante que separa o herói e o reles artilheiro!
No julgamento de juízes impróprios
Na velha certeza que ninguém nunca vai ter
Sou amante do futebol as antigas
Onde seriedade era levada na descontração
Ações espontâneas de artistas da bola
Futebol de agora, já nem tem mais tesão.

(Iberê Martí)

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