sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Siriema




Siriema, minha pequena
Eu escrevi um poema
Em tupi...
Nem sei se lhe escutei
mas, cego há vi e me encanta
No canto de seu silêncio, 
nó garganta.
Flecha de seu sustenido, tom
estabilidade de suas penas.
Pernas,
tortas, armadas em arcos.
Estes versos eu canto e planto...
Encontro, na paz de seu pranto
teu semblante sublime.
Miscigenada mistura de poesia
e rebeldia...
És um singelo poema,
pequena topete -
em tupi “nhandu”, Siriema!

(Iberê Martí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário