segunda-feira, 9 de julho de 2012





Era menino índio
Trazia uma fecha e uma folha: na mão e no peito!
Sabia a essência Gemini
Condensava matéria e conhecimento...

Pensava os milésimos de segundos do dia:
Ampulheta vestida de aranha teia
Tecia voltar às origens
Desentendia seus próprios conceitos

Aprendeu que o visível de uma cor:
É justamente sua ausência ...
Ocùlus enxerga a falta? A presença entreve a visão.
Logo se desfez da “viseira”
Viu o mundo pelas falhas
Encontrou se com a "desimportância" e, entendeu: antever as distâncias!

O homem índio permanece menino
Busca as ausências presentes:
Os Amigos...
As Estrelas...
Imagina a antimatéria e, forma:
O ímã de seu mundo possível
As vezes, ousa, cultivar diferenças
Aproxima o que ama e diz:

A razão racional anda cega.
Desencontra os vazios e questiona: possum sonhar?
Dúvida de sua crença e, nega;
Perdeu se de si!

A alma de menino índio permite simples segredo:
Potes ser feliz!

(Iberê Martí)

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