Era menino índio
Trazia uma
fecha e uma folha: na mão e no peito!
Sabia a essência
Gemini
Condensava
matéria e conhecimento...
Pensava os
milésimos de segundos do dia:
Ampulheta
vestida de aranha teia
Tecia voltar
às origens
Desentendia
seus próprios conceitos
Aprendeu que
o visível de uma cor:
É justamente
sua ausência ...
Ocùlus enxerga
a falta? A presença entreve a visão.
Logo se
desfez da “viseira”
Viu o
mundo pelas falhas
Encontrou
se com a "desimportância" e, entendeu: antever as distâncias!
O homem índio
permanece menino
Busca as ausências
presentes:
Os Amigos...
As Estrelas...
Imagina a
antimatéria e, forma:
O ímã de
seu mundo possível
As vezes, ousa, cultivar diferenças
As vezes, ousa, cultivar diferenças
Aproxima
o que ama e diz:
A razão racional
anda cega.
Desencontra os vazios e questiona: possum sonhar?
Dúvida de
sua crença e, nega;
Perdeu se
de si!
A alma de
menino índio permite simples segredo:
Potes ser feliz!
(Iberê
Martí)
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