quarta-feira, 4 de abril de 2012




Tem tanto inventor de data
e quanta comemoração?
O tempo é infinito
cada segundo é uma nova, batida do coração


Feliz natal, feliz aniversário
solidão, agonia... um Ser feliz, só por um dia?
Feliz natal, feliz aniversário
Quem vive poesia, é feliz todos os dias


Para que o dia da mulher?
Quem respeita, todo dia é dia
de ventre, amor, singular néctar
perpetuando a raça humana


Tem o dia só de ‘preto’
injustiça, preconceito
todo mundo é Sujeito
não sou de genes ou DNA
o brilho nos olhos é meu único valor

E tem o tal dia do índio
para esquecer de genocídio?
Desse povo da natureza
‘veneravam’ apenas a beleza
da água, da terra, do fogo, do ar...


Um dia para cada santo
até data para namorar?
é uma data para cada ‘missão’
cada pseudo herói, ‘estrela’, constelação...

Não tem dia de meretriz
a profissão mais velha é ser atriz
vende o corpo, quem ‘dispõe’ da alma
observando com “cadim” de calma
quantas ‘penadas’ mentes sem brio?


Com tanto inventor de data
vou é já, “criar” a minha
não... não sou bom o bastante?
será o dia dos desimportantes
de aprendiz, ‘apanhador’ de vento...
moinhos de “quixotesca” imaginação!
Meu tempo todo é ser feliz
vida de eterna contemplação!


Feliz natal, feliz aniversário
solidão, agonia... um Ser feliz, só por um dia?
Feliz natal, feliz aniversário
Eu vivo poesia, sou feliz todos os dias
Feliz natal, feliz aniversário
Vamos viver poesia, esse mundo é rebeldia...

(Iberê Martí)

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