sábado, 28 de abril de 2012

“Into the Wild”

De boa...
Cansei de correr e correr
atrás de alguma coisa, qualquer?
ou... qualquer coisa!
Buscar muitas razões
esquecer de viver...
O tempo passa.

De boa...
Esse mundo é pequeno
consome-se “infertilidade”.
O povo, e a massa
a manobra, e a obra.
O mendigo e o gari:
desprezo - que nunca senti-
a flor da pele.

De boa...
Mijar neste muro.
Cuspir no seu prato?
-não no copo, com álcool-
nas regras, leis e reis.
Aqui está escuro
não vejo os pecados
a luz e a voz, indagam:
quem inventou a moral?
os fortes ou os fracos.

De boa...
Cansei de Verdades...
são tantas Absolutas:
vazias e frias
inquestionáveis tabus?
A água, o vinho, o fogo
a fumaça das cinzas
A graça, a traça, a "ignorãnça"
fúteis ilusões sustentam:
A inutilidade humana
Já não impressiona... carona?
Só; em um disco voador!
                                                                                                                

De boa...
O pote e o arco-íris;
as flores, corais e cores...
passam despercebidas
permanecem insólitas!
Entre amigos e árvores:
raízes superficiais
em detrimento as profundas
A chatice do chato!

De boa...
Amores, poemas:
dilemas? Que valem!
O "afeto" e o feto
A casa e o teto:
protege-me?
da beleza das estrelas... do luar!

De boa...
Andar, caminhar
Descalço: a energia da terra...
não passa- ao passo- despercebida.
Angariando pequenas simplicidades!
Do delírio á lucides
A loucura é o que nos guia
A compreensão
da "entropia" universal!

(Iberê Martí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário